Rosa XXIX

Rosa XXIX

Dói-me o peito onde as garças se lançam em abomináveis jactâncias. Cresço a preceito como se soubesse o desfecho do mapa, escuteiro sem lenço que me identifique. Presto testemunho invisível a um raio que me atravessa à força de um isqueiro em combustão lenta, ardor ilusório que me consome em labaredas pardas. O lento azedume que se faz gris ao sol exibe uma candura ferrugenta que se agarra à pele como ouro falso que não reluz.