Nas giestas em brasa caminho com os pés em pó de saibro. Levanto-me no ardor silencioso de um matagal que se prolonga ao entardecer. Sinto um ar leve, uma penumbra luzidia que me embarga o peito. Nas escorreitas sensações que de mim emanam testemunho um gineceu onde te moves como acrobata plúmbea, dona de uma leveza de cinzel e escaparate. Quero fotografar-te. Quero colecionar-te em bocadinhos de algodão em rama para incendiar com o meu próprio amor. E ter-te no meu colo para te ensinar um alfabeto esquecido que os fariseus entretinham entre si antes de o túmulo os silenciar.